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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

E o papel da sociedade é...

A sociedade nada mais faz do que criar monstros que depois não pode conter.
Ainda mantendo o caráter pessoal e íntimo do blog, eu sou um animal de estimação da sociedade.
Deveria ser péssimo dizer isso, mas prefiro ser sincero do que contribuir com uma mensagem hipócrita.
Digo isso porque eu tive uma experiência um tanto frustrante recentemente. Apenas com olhares tortos.
Me importo demais com o que falam de mim, me importo com o que acham que faço, com a imagem que passo pras pessoas.
Nunca fui do tipo de pessoa que se importava com marcas de roupas, de computador e de perfume. Mas de uns tempos pra cá, tenho me tornado cada vez mais refém desse tipo de coisa por pressão exercida pelo meio externo.
Se você anda mal vestido, as pessoas falam mal. Se anda bem vestido, as pessoas te julgam, como se você às menosprezasse.
Se você usa um perfume barato, dizem que tem cheiro de pobre. Ou será que só diziam pra mim, pra me estragar?
Sou um escravo do consumo, e admito.
Mas o que sou hoje de ruim, foi a sociedade quem fez.
Tudo parece muito bom, as coisas que tenho. Mas não é fácil de ter, entendem?
Não é fácil se vestir de acordo com o que te estabelecem como certo.
Quer um exemplo do que tô dizendo? Observe quando alguém falar mal do que eu visto ou uso no corpo. Em uns três dias aquilo irá mudar.
Eu já usei tênis dois números menor que meu pé pra pararem de dizer que meu pé é grande, hoje em dia eu aceito que digam. Mas tenho muitos tênis, muitos mesmo, pra aliviar isso. Odeio ser tão fraco!
Só queria que não me enxergassem, que me deixassem de lado quando me vissem.
Não quero causar, não gosto de me exibir, não sou esse tipo de pessoa.
Só gosto que as coisas sejam naturais, porque roupa é só roupa e marca é ainda mais imbecil do que a própria roupa.
Até a pele é imbecil, o corpo é imbecil, tudo isso é nada!
Nem o coração da gente vale muito se não estiver cheio de amor.
Quem dirá as roupas. Que coisa escrota. E eu contribuo com esse lixo todo!
Mas voltando ao texto..
Outro exemplo de escravidão social é o machismo.
Ninguém percebe, mas a sociedade faz isso, cria, alimenta e depois julga como errado.
Nós construímos isso aos poucos.
Quando você tem relato de que o filho de alguém virou gay, e o pai expulsou o guri de casa, o que você imagina é que o pai exagerou e que o filho tem direito de fazer o que quer. Mas imagina se fosse um filho seu. O que faria?
Muitos dizem: Eu aceito na família dos outros, na minha não.
Então você não aceita, você ignora apenas.
Também temos como exemplo homens que não curtem lances de verão, caras iguais a eu. Simplesmente não gosto de me envolver com alguém por um curto período de tempo, que sei que vai acabar logo e que meu sentimento pode não passar nesse tempo. Prefiro não me envolver com meninas de verão pra não sofrer.
E o que alguns dizem: Cê é viado, isso sim.
Eu já tô muito cansado dessas coisas, muito mesmo.
Ninguém é obrigado a aceitar tudo que lhe é imposto, tudo o que vem. Eu não aceito tudo o que me dão.
Existem presentes de grego.
O que vem fácil, vai fácil.
Quando a esmola é muito, até os santos desconfiam. E blá blá blá...
Quando eu me interesso por uma pessoa, eu vou atrás!
E se eu me interessar por alguém que venha atrás de mim, eu vou demonstrar!
Não é por isso que eu seja viado, como dizem os machistas. Os machistas que nós mesmos criamos.
E as críticas que citei no texto são de pessoas que nem me conhecem e falam de mim mesmo assim. Fico muito puto com isso.
Aceito críticas de amigos e de quem me conhece, são construtivas. Mas quem não me conhece, quem nunca trocou uma palavra comigo, me criticar é inaceitável demais! :@
O papel da sociedade é julgar e te colocar um cabresto, como se fossemos cavalos!
E o pior, é que individualmente odiamos que façam isso com a gente. Mas coletivamente, destruímos a alto-estima de nós mesmos.
Bicho burro esse bicho chamado ser humano.
Quer saber, nem quero escrever mais sobre isso.
Não vou poluir meu blog com revolta. Não há tempo pra distração desse tipo.
Cuidado com as ideologias e padrões estabelecidos. Isso pode te excluir quando menos esperar e quando mais precisar de inclusão.

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