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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Coisas do amor ao extremo [erótico]

Foi assim...
Eu sentei, cruzei as pernas, estilo garoto comportado. Peguei meu livro, abri na página que havia parado.
Eu tava na varanda, o dia tava lindo lá fora.
Ela, com seu papel de me provocar, me aparece toda linda, de cabelo preso, apenas com uma franja caindo no rosto.
Eram 10 da manhã, ela tava de pijama, em pé na porta me olhando de um jeito que fez eu olhar pra ela sem erguer a cabeça. Passei meu olhar por cima dos óculos.
Na noite passada, ela me chamou pra rodar um dvd na sala me olhando desse mesmo jeito, e até o filme que era bom e nos deixava curiosos virou segunda opção! O sofá virou cama!
E, dessa vez, Ela só foi andando pra trás de vagar, esboçando um sorriso sem vergonha. Eu entendi, fechei o livro e fui atender aquele olhar.
Impressionante como ninguém precisou falar nada. A comunicação foi toda através de gestos, toques, beijos, respirações ofegantes. Nenhuma palavra!
Algumas risadas e sons do amor ao extremo, sabem?
A gente driblou tudo que se conhece, nós criamos a nossa forma de nos entender.
Palavras viraram alternativa quando o assunto era comunicação.
Aí eu me lembro do que ela sussurrou no meu ouvido, foi a única coisa compreensiva à ouvidos alheios  que ela disse: "Veeeem!"
E quando eu me lembro dessas palavras, minha pele arrepia, meu coração acelera, começo a soar, não importa onde eu esteja, no trabalho, no banco, na rua.
Me lembro de cada segundo, de cada som, de cada toque...
As mãos dela, que só me faziam carinho no dia a dia, foram as mesmas mãos que arranharam minhas costas como uma fera.
Eu sabia. Sabia que aquele olhar significava alguma coisa, e era um pedido.
Tudo o que ela me pediu com aquele olhar foi: "Vem, prova que me ama intensamente!"
Ela tinha deixado a janela aberta naquela manhã. Com isso, o céu estava presenciando nosso amor!
O fim daquele momento, louco em alguns pontos, foi exatamente às duas da tarde!
E o momento acaba, mas o amor que existe pra proporcionar tais momentos de loucura JAMAIS acabará!
Quer saber, no final ela ainda disse:
"Te pedi com o olhar, você soube me entender,me decifrar e me dominar. Agora, me faz um pedido de uma forma difícil de decifrar que vou atender!"
Não saberia fazer aquele olhar, então levantei, sentei ela em mim e disse:
"Quero mais! Pode atender isso?"
Ela não disse nada, apenas atendeu. Afinal, ela me entende!
Nem me lembro quando aquilo acabou...
Nem quero lembrar do fim, quero me lembrar da proprietária dos meus pensamentos!
Quero me lembrar dela, só.
Mas acredito que o fato aqui seja que não consiga a esquecer, nem as coisas que ela faz, que fazemos.
Coisas, no plural!
Coisas do amor ao extremo!

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